Êxodo 10: A Praga dos Gafanhotos – A Persistência de Faraó diante da Advertência Divina

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Êxodo 10: A Praga dos Gafanhotos – A Persistência de Faraó diante da Advertência Divina

O décimo capítulo de Êxodo continua a narrativa das pragas que assolaram o Egito em resposta à recusa obstinada de Faraó em liberar o povo de Israel. Neste capítulo, uma praga de gafanhotos é desencadeada, aumentando a intensidade dos juízos divinos. Vamos explorar os eventos de Êxodo 10 e suas implicações teológicas.

A Advertência Divina

1. “Vai a Faraó, porque tenho endurecido o seu coração e o coração dos seus servos, para que eu faça estes meus sinais no meio deles.”

  • Deus revela a Moisés Sua soberania sobre o coração de Faraó, indicando que a dureza do líder egípcio é permitida como parte do plano divino para manifestar Sua glória através dos sinais.

2. “E para que narres aos ouvidos de teu filho e do filho de teu filho as coisas que fiz no Egito e os meus sinais que tenho feito entre eles, para que saibais que eu sou o SENHOR.”

  • A instrução de Deus para Moisés transcende o momento presente, indicando a importância de relatar as obras divinas às gerações futuras. A memória das ações de Deus é crucial para a compreensão da soberania divina.

A Nona Praga: Gafanhotos

3. “E os gafanhotos subirão sobre a tua terra, sobre todos os teus termos; a tal quantidade de gafanhotos que nunca houve, nem depois deles haverá jamais.”

  • A praga dos gafanhotos é anunciada como uma catástrofe sem precedentes. Deus utiliza elementos da natureza para manifestar Seu poder, demonstrando que o Criador controla e direciona Sua criação conforme Sua vontade.

4. “E cobrirão a face da terra, de modo que a terra não poderá ver-se; e comerão o restante que escapou, o que vos ficou da saraiva; e comerão toda árvore que vos cresce no campo.”

  • A descrição detalhada da extensão da praga destaca a magnitude do juízo divino. Os gafanhotos, em sua voracidade, devoram tudo o que resta após a praga da saraiva, ampliando a devastação.

5. “Encheram a casa de Faraó, e as casas de todos os seus servos e a terra do Egito; e a terra foi corrompida por causa deste flagelo.”

  • A praga atinge o coração do poder egípcio, penetrando até mesmo na residência de Faraó. A corrupção da terra simboliza não apenas a destruição física, mas também a desintegração do poder e da prosperidade egípcia diante da ira divina.

A Reação de Faraó

6. “Então, Faraó chamou a Moisés e a Arão e disse: Pequei contra o SENHOR, vosso Deus, e contra vós.”

  • Pela primeira vez, Faraó confessa seu pecado diante de Deus e reconhece sua transgressão. No entanto, essa confissão parece mais uma tentativa de obter alívio imediato da praga do que uma mudança sincera de coração.

7. “Agora, pois, perdoa-me o meu pecado somente esta vez; e orai ao SENHOR, vosso Deus, que tire de mim somente esta morte.”

  • A confissão de Faraó é seguida por um pedido de intercessão. Sua preocupação principal é livrar-se da consequência imediata da praga, sem demonstrar um arrependimento profundo ou um compromisso duradouro.

A Persistência de Faraó

8. “E tornou a endurecer o coração, ele e os seus servos, e Faraó não os ouviu, como o SENHOR tinha dito.”

  • Apesar da confissão temporária, a persistência de Faraó em endurecer o coração ilustra sua falta de verdadeiro arrependimento. Sua busca por alívio imediato não resulta em uma mudança duradoura.

Implicações Teológicas e Atualizações

O capítulo 10 de Êxodo destaca a complexidade da interação entre a vontade divina e a resposta humana. Enquanto Deus utiliza elementos naturais para executar Seus juízos, a resposta de Faraó destaca a resistência humana mesmo diante de evidências irrefutáveis da soberania divina.

Êxodo 10

Depois disse o SENHOR a Moisés: Vai a Faraó, porque tenho endurecido o seu coração, e o coração de seus servos, para fazer estes meus sinais no meio deles,

E para que contes aos ouvidos de teus filhos, e dos filhos de teus filhos, as coisas que fiz no Egito, e os meus sinais, que tenho feito entre eles; para que saibais que eu sou o Senhor.

Assim foram Moisés e Arão a Faraó, e disseram-lhe: Assim diz o Senhor Deus dos hebreus: Até quando recusarás humilhar-te diante de mim? Deixa ir o meu povo para que me sirva;

Porque se ainda recusares deixar ir o meu povo, eis que trarei amanhã gafanhotos aos teus termos.

E cobrirão a face da terra, de modo que não se poderá ver a terra; e eles comerão o restante que escapou, o que vos ficou da saraiva; também comerão toda a árvore que vos cresce no campo;

E encherão as tuas casas, e as casas de todos os teus servos e as casas de todos os egípcios, quais nunca viram teus pais, nem os pais de teus pais, desde o dia em que se acharam na terra até o dia de hoje. E virou-se, e saiu da presença de Faraó.

E os servos de Faraó disseram-lhe: Até quando este homem nos há de ser por laço? Deixa ir os homens, para que sirvam ao Senhor seu Deus; ainda não sabes que o Egito está destruído?

Então Moisés e Arão foram levados outra vez a Faraó, e ele disse-lhes: Ide, servi ao Senhor vosso Deus. Quais são os que hão de ir?

E Moisés disse: Havemos de ir com os nossos jovens, e com os nossos velhos; com os nossos filhos, e com as nossas filhas, com as nossas ovelhas, e com os nossos bois havemos de ir; porque temos de celebrar uma festa ao Senhor.

10 Então ele lhes disse: Seja o Senhor assim convosco, como eu vos deixarei ir a vós e a vossos filhos; olhai que há mal diante da vossa face.

11 Não será assim; agora ide vós, homens, e servi ao Senhor; pois isso é o que pedistes. E os expulsaram da presença de Faraó.

12 Então disse o Senhor a Moisés: Estende a tua mão sobre a terra do Egito para que os gafanhotos venham sobre a terra do Egito, e comam toda a erva da terra, tudo o que deixou a saraiva.

13 Então estendeu Moisés sua vara sobre a terra do Egito, e o Senhor trouxe sobre a terra um vento oriental todo aquele dia e toda aquela noite; e aconteceu que pela manhã o vento oriental trouxe os gafanhotos.

14 E vieram os gafanhotos sobre toda a terra do Egito, e assentaram-se sobre todos os termos do Egito; tão numerosos foram que, antes destes nunca houve tantos, nem depois deles haverá.

15 Porque cobriram a face de toda a terra, de modo que a terra se escureceu; e comeram toda a erva da terra, e todo o fruto das árvores, que deixara a saraiva; e não ficou verde algum nas árvores, nem na erva do campo, em toda a terra do Egito.

16 Então Faraó se apressou a chamar a Moisés e a Arão, e disse: Pequei contra o Senhor vosso Deus, e contra vós.

17 Agora, pois, peço-vos que perdoeis o meu pecado somente desta vez, e que oreis ao Senhor vosso Deus que tire de mim somente esta morte.

18 E saiu da presença de Faraó, e orou ao Senhor.

19 Então o Senhor trouxe um vento ocidental fortíssimo, o qual levantou os gafanhotos e os lançou no Mar Vermelho; não ficou um só gafanhoto em todos os termos do Egito.

20 O Senhor, porém, endureceu o coração de Faraó, e este não deixou ir os filhos de Israel.

21 Então disse o Senhor a Moisés: Estende a tua mão para o céu, e virão trevas sobre a terra do Egito, trevas que se apalpem.

22 E Moisés estendeu a sua mão para o céu, e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias.

23 Não viu um ao outro, e ninguém se levantou do seu lugar por três dias; mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas habitações.

24 Então Faraó chamou a Moisés, e disse: Ide, servi ao Senhor; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças.

25 Moisés, porém, disse: Tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao Senhor nosso Deus.

26 E também o nosso gado há de ir conosco, nem uma unha ficará; porque daquele havemos de tomar, para servir ao Senhor nosso Deus; porque não sabemos com que havemos de servir ao Senhor, até que cheguemos lá.

27 O Senhor, porém, endureceu o coração de Faraó, e este não os quis deixar ir.

28 E disse-lhe Faraó: Vai-te de mim, guarda-te que não mais vejas o meu rosto; porque no dia em que vires o meu rosto, morrerás.

29 E disse Moisés: Bem disseste; eu nunca mais verei o teu rosto.

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