Êxodo 11: A Última Praga – A Morte dos Primogênitos e a Liberação de Israel
O capítulo 11 de Êxodo culmina na última praga enviada por Deus sobre o Egito, que finalmente resulta na libertação do povo de Israel. Neste episódio crucial, Deus estabelece o Pessach (Páscoa) como um ritual perpétuo e sela a narrativa das pragas com um ato poderoso de julgamento e redenção.
A Proclamação Divina
1. “Disse o SENHOR a Moisés: Ainda uma praga trarei sobre Faraó e sobre o Egito; depois, vos deixará ir daqui; e, quando vos deixar ir totalmente, a toda a pressa vos lançará daqui.”
- Deus anuncia a última praga que trará libertação. Essa praga será tão impactante que não apenas persuadirá Faraó a libertar os israelitas, mas também os impelirá a sair “a toda a pressa”.
2. “Fala, pois, ao povo que saia cada homem peça de sua vizinha, e cada mulher da sua casa, objetos de prata, e objetos de ouro.”
- Antes da última praga, Deus instrui os israelitas a pedirem presentes valiosos aos egípcios. Este ato prefigura a transferência de riqueza dos opressores para os oprimidos como parte do plano divino.
A Décima Praga: Morte dos Primogênitos
3. “Pois eu passarei esta noite pela terra do Egito e ferirei todos os primogênitos na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e executarei juízos sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o SENHOR.”
- Deus anuncia a terrível praga que atingirá os primogênitos, tanto dos humanos quanto dos animais. Este ato de julgamento não apenas pune o Egito, mas também demonstra a supremacia de Deus sobre os deuses egípcios.
4. “E haverá grande clamor por toda a terra do Egito, como nunca houve e como nunca mais haverá.”
- A promessa de um “grande clamor” destaca a magnitude do sofrimento que será infligido sobre o Egito. Este evento será tão singular que será lembrado para sempre como um ponto culminante na história do julgamento divino.
O Ritual do Pessach
5. “Na meia-noite, o SENHOR ferirá todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assenta no seu trono, até o primogênito da serva que está detrás da mó, e todos os primogênitos dos animais.”
- Deus especifica o momento preciso da execução da praga, enfatizando sua inevitabilidade e precisão. A extensão da praga, desde o filho do faraó até o primogênito dos animais, destaca sua abrangência total.
6. “E haverá grande clamor em toda a terra do Egito, qual nunca houve, nem haverá jamais.”
- A repetição desta afirmação enfatiza a singularidade e intensidade do evento que se desenrolará. O “grande clamor” será um eco da justiça divina sobre a terra do Egito.
A Liberação de Israel
7. “Então, todos esses teus servos descerão a mim e se inclinarão diante de mim, dizendo: Sai tu e todo o povo que te segue; e, depois disso, sairei.”
- Antes mesmo da praga, Faraó reconhece a inevitabilidade de sua derrota e sugere a liberação dos israelitas. No entanto, a libertação só acontecerá após a execução da praga, demonstrando a soberania de Deus sobre o curso dos eventos.
A Reação de Faraó
8. “Então, Moisés, indignado, retirou-se da presença de Faraó.”
- A resposta de Moisés à relutância contínua de Faraó é de indignação. Moisés compreende a seriedade do julgamento divino e a necessidade de obediência imediata.
A Preparação para a Partida
9. “Faraó chamou a Moisés e a Arão, de noite, e disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; e ide servir ao SENHOR, como tendes dito.”
- Após a morte dos primogênitos, Faraó finalmente cede à pressão divina e autoriza a partida dos israelitas. O coração do faraó, marcado por resistência, finalmente se rende à vontade de Deus.
Êxodo 11
1 E o Senhor disse a Moisés: Ainda uma praga trarei sobre Faraó, e sobre o Egito; depois vos deixará ir daqui; e, quando vos deixar ir totalmente, a toda a pressa vos lançará daqui.
2 Fala agora aos ouvidos do povo, que cada homem peça ao seu vizinho, e cada mulher à sua vizinha, jóias de prata e jóias de ouro.
3 E o Senhor deu ao povo graça aos olhos dos egípcios; também o homem Moisés era mui grande na terra do Egito, aos olhos dos servos de Faraó e aos olhos do povo.
4 Disse mais Moisés: Assim o Senhor tem dito: À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito;
5 E todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que haveria de assentar-se sobre o seu trono, até ao primogênito da serva que está detrás da mó, e todo o primogênito dos animais.
6 E haverá grande clamor em toda a terra do Egito, como nunca houve semelhante e nunca haverá;
7 Mas entre todos os filhos de Israel nem mesmo um cão moverá a sua língua, desde os homens até aos animais, para que saibais que o Senhor fez diferença entre os egípcios e os israelitas.
8 Então todos estes teus servos descerão a mim, e se inclinarão diante de mim, dizendo: Sai tu, e todo o povo que te segue as pisadas; e depois eu sairei. E saiu da presença de Faraó ardendo em ira.
9 O Senhor dissera a Moisés: Faraó não vos ouvirá, para que as minhas maravilhas se multipliquem na terra do Egito.
10 E Moisés e Arão fizeram todas estas maravilhas diante de Faraó; mas o Senhor endureceu o coração de Faraó, que não deixou ir os filhos de Israel da sua terra.