Gênesis 27: Jacó, Esaú e a Bênção Paterna

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Gênesis 27: Jacó, Esaú e a Bênção Paterna

Gênesis 27 apresenta uma narrativa emocional e complexa que envolve os filhos de Isaque, Jacó e Esaú. Este capítulo é marcado por enganos, conflitos familiares e, acima de tudo, pela busca da bênção paterna. Ao explorarmos, versículo por versículo, os eventos cruciais deste capítulo, compreenderemos as implicações morais e espirituais que moldam o destino desses personagens bíblicos.

Contexto Histórico e a Bênção Desejada

O capítulo inicia-se com Isaque, envelhecido e cego, desejando abençoar seu filho primogênito, Esaú. No entanto, a intervenção sutil de Rebeca, mãe de Jacó e Esaú, cria uma trama que redefine o curso das bênçãos familiares.

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Versículo por Versículo – Destaques da Narrativa

  1. “E sucedeu que, como Isaque envelheceu, seus olhos se escureceram, de maneira que não podia ver.”
    • A descrição da fragilidade de Isaque estabelece o cenário para os eventos subsequentes, destacando sua condição física.
  2. “E chamou Esaú a Jacó, seu filho, e disse-lhe: Filho meu! E ele disse-lhe: Eis-me aqui.”
    • Isaque convoca Esaú, buscando conceder-lhe a bênção paterna que normalmente seria dada ao primogênito.
  3. “Disse, porém, sua mãe a Jacó: Eis que ouvi teu pai falar com Esaú, teu irmão, dizendo:”
    • Rebeca, ao escutar os planos de Isaque, vê uma oportunidade para Jacó receber a bênção em vez de Esaú.
  4. “Agora, pois, meu filho, ouve a minha voz naquilo que eu te ordenar.”
    • Rebeca instrui Jacó a seguir seu plano, revelando a manipulação que ela planeja para garantir que Jacó receba a bênção.
  5. “Vai agora ao rebanho, e traze-me dois bons cabritos de lá, para que eu os prepare como manjar a teu pai, como ele gosta.”
    • Rebeca elabora um estratagema que envolve Jacó apresentando-se disfarçado como Esaú para receber a bênção.
  6. “Trarás, pois, a teu pai, para que coma e te abençoe, antes que morra.”
    • A urgência de Rebeca reflete a importância de garantir que Jacó receba a bênção antes que Esaú retorne.
  7. “Então disse Jacó a Rebeca, sua mãe: Eis que Esaú meu irmão é homem peludo, e eu sou homem liso.”
    • Jacó expressa preocupações sobre ser descoberto devido à diferença física entre ele e Esaú.
  8. “Se meu pai me apalpar, como se eu o estivesse enganando, e trarei sobre mim maldição, e não bênção.”
    • Jacó teme as consequências de ser descoberto, reconhecendo os riscos morais e espirituais da trama.
  9. “Então disse-lhe sua mãe: Caia sobre mim a maldição, filho meu; somente obedece à minha voz, e vai, traze-mos.”
    • Rebeca aceita a responsabilidade pela maldição, ressaltando o desejo intenso de garantir a bênção para Jacó.
  10. “E ele foi, e tomou-os, e os trouxe a sua mãe; e sua mãe fez um manjar, como seu pai gostava.”
    • Jacó obedece às instruções de sua mãe, participando do engano que está sendo tramado.
  11. “E Rebeca tomou as vestes de Esaú, seu filho mais velho, que estavam consigo em casa, e vestiu a Jacó, seu filho mais novo.”
    • O disfarce é completo com Jacó usando as roupas de Esaú para enganar Isaque.
  12. “E com as peles dos cabritos deu à luz as mãos e à parte lisa do pescoço de Jacó.”
    • Rebeca utiliza peles de cabritos para simular a pelagem de Esaú, aprimorando a ilusão.
  13. “Assim foi ele ter com seu pai, e disse: Meu pai! E disse: Eis-me aqui; quem és tu, meu filho?”
    • Jacó, agora disfarçado como Esaú, se apresenta a Isaque para receber a bênção.
  14. “E disse Jacó a seu pai: Eu sou Esaú, teu primogênito; tenho feito como me disseste; levanta-te agora, assenta-te e come da minha caça, para que me abençoes.”
    • Jacó mantém a farsa, buscando a bênção de Isaque ao afirmar ser Esaú.
  15. “E Isaque disse a seu filho: Como é isto que tão cedo a achaste, filho meu? E ele disse: Porque o Senhor, teu Deus, a mandou ao meu encontro.”
    • Jacó atribui a rapidez de sua caça à intervenção divina, incorporando a fé em sua enganação.
  16. “Então disse Isaque a Jacó: Chega-te agora, para que te apalpe, meu filho, e saiba se tu és meu filho Esaú mesmo, ou não.”
    • Isaque, desconfiado, busca confirmar a identidade de Jacó pela sensação das mãos.
  17. “E chegou-se Jacó a Isaque, seu pai, que o apalpou e disse: A voz é a voz de Jacó, porém as mãos são as mãos de Esaú.”
    • A desconfiança de Isaque aumenta ao perceber uma inconsistência entre a voz e as mãos de Jacó.
  18. “E não o conheceu, porque as suas mãos estavam peludas, como as mãos de Esaú, seu irmão; e abençoou-o.”
    • Isaque, confundido pela aparente contradição, abençoa Jacó, acreditando que ele é, de fato, Esaú.
  19. “E disse: Tu és meu filho Esaú? E ele disse: Eu sou.”
    • Jacó, mantendo a mentira, confirma ser Esaú em resposta direta a Isaque.
  20. “E disse: Traze-me, e comerei da caça de meu filho, para que a minha alma te abençoe. E trouxe-lhe, e ele comeu; trouxe-lhe também vinho, e ele bebeu.”
    • Jacó continua a encenação, apresentando a refeição de Esaú para garantir a bênção.
  21. “Então disse Isaque, seu pai: Aproxima-te agora, e beija-me, meu filho.”
    • Isaque, emocionalmente envolvido, solicita uma expressão de afeto de “Esaú”.
  22. “E chegou-se, e beijou-o; e ele sentiu o cheiro das suas vestes, e o abençoou, e disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou.”
    • A bênção é concedida com base na impressão sensorial, evidenciando o papel significativo dos sentidos nesse episódio.
  23. “Deus, pois, te dê do orvalho do céu, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto.”
    • Isaque pronuncia a bênção, invocando a generosidade divina em termos de colheita e prosperidade.
  24. “Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem.”
    • A bênção profética inclui domínio sobre povos, submissão dos irmãos e pronunciamentos de bênção e maldição.
  25. “E sucedeu que, acabando Isaque de abençoar a Jacó, e apenas Jacó saíra da presença de Isaque, veio Esaú, seu irmão, da sua caça.”
    • O momento dramático revela que Esaú retorna justamente após Jacó receber a bênção.
  26. “Também ele fez um guisado, e trouxe a seu pai; e disse a seu pai: Levante-se meu pai, e coma da caça de seu filho, para que me abençoe a sua alma.”
    • Esaú, ignorante do que aconteceu, busca a bênção de seu pai ao apresentar a refeição preparada.
  27. “Então disse Isaque a seu filho: Como é isto que tão cedo a achaste, filho meu? E ele disse: Porque o Senhor, teu Deus, a mandou ao meu encontro.”
    • Esaú replica a explicação dada por Jacó, evidenciando a trama que está prestes a ser revelada.
  28. “Disse, pois, Isaque a Jacó: Chega-te, peço-te, para que te apalpe, meu filho, se és meu filho Esaú mesmo, ou não.”
    • A suspeita de Isaque é levantada, levando-o a buscar a verdade por meio do tato.
  29. “Chegou-se, pois, Jacó a Isaque seu pai, que o apalpou e disse: A voz é a voz de Jacó, porém as mãos são as mãos de Esaú.”
    • Isaque, agora ciente da situação, percebe a trama elaborada por Jacó e Rebeca.
  30. “E não o conheceu, porque as suas mãos estavam peludas, como as mãos de Esaú, seu irmão; e abençoou-o.”
    • A repetição dessa descrição reforça a confusão inicial de Isaque.
  31. “Disse-lhe, pois: És tu meu filho Esaú? E ele disse: Eu sou.”
    • A revelação final de Jacó confirmando sua verdadeira identidade.
  32. “Então disse: Traze-mo, e comerei da caça de meu filho, para que a minha alma te abençoe. E trouxe-lhe, e ele comeu; trouxe-lhe também vinho, e ele bebeu.”
    • Isaque, reconhecendo o engano, decide não reverter a bênção já pronunciada.

Conclusão

O capítulo 27 de Gênesis apresenta uma trama intrincada de enganos, conflitos familiares e a busca fervorosa pela bênção paterna. A história de Jacó e Esaú, seus relacionamentos com Isaque e Rebeca, desdobra-se em uma narrativa complexa que revela a fragilidade das relações humanas e a influência marcante da busca desenfreada por privilégios familiares.

A conclusão desse capítulo deixa uma sensação de tensão e inevitabilidade. Jacó, por meio de artimanhas e disfarces, obtém a bênção que originalmente pertencia a Esaú, cumprindo assim a visão profética dada a Rebeca. Isaque, ainda que inicialmente desconfiado, é enganado pela manipulação cuidadosamente orquestrada de sua esposa e filho.

A narrativa revela não apenas a dinâmica familiar intricada, mas também lança luz sobre as consequências de escolhas impulsivas e falta de comunicação honesta. A bênção, nesse contexto, não é apenas uma declaração de prosperidade material, mas carrega um peso espiritual e moral. A trama destaca as complexidades das relações familiares e a influência duradoura das decisões tomadas no calor do momento.

O capítulo 27 de Gênesis serve como um lembrete poderoso sobre a importância da honestidade, comunicação aberta e respeito nas relações familiares. Ele também aponta para a soberania divina, mesmo em meio aos enganos humanos, e como Deus pode usar circunstâncias complexas para cumprir Seus propósitos.

No entanto, a conclusão desse episódio deixa um eco de consequências inevitáveis. As escolhas feitas por Jacó e Rebeca moldarão o destino das gerações subsequentes, resultando em desafios e conflitos que reverberarão ao longo da narrativa bíblica.

Gênesis 27

E aconteceu que, como Isaque envelheceu, e os seus olhos se escureceram, de maneira que não podia ver, chamou a Esaú, seu filho mais velho, e disse-lhe: Meu filho. E ele lhe disse: Eis-me aqui.

E ele disse: Eis que já agora estou velho, e não sei o dia da minha morte;

Agora, pois, toma as tuas armas, a tua aljava e o teu arco, e sai ao campo, e apanha para mim alguma caça.

E faze-me um guisado saboroso, como eu gosto, e traze-mo, para que eu coma; para que minha alma te abençoe, antes que morra.

E Rebeca escutou quando Isaque falava ao seu filho Esaú. E foi Esaú ao campo para apanhar a caça que havia de trazer.

Então falou Rebeca a Jacó seu filho, dizendo: Eis que tenho ouvido o teu pai que falava com Esaú teu irmão, dizendo:

Traze-me caça, e faze-me um guisado saboroso, para que eu coma, e te abençoe diante da face do Senhor, antes da minha morte.

Agora, pois, filho meu, ouve a minha voz naquilo que eu te mando:

Vai agora ao rebanho, e traze-me de lá dois bons cabritos, e eu farei deles um guisado saboroso para teu pai, como ele gosta;

10 E levá-lo-ás a teu pai, para que o coma; para que te abençoe antes da sua morte.

11 Então disse Jacó a Rebeca, sua mãe: Eis que Esaú meu irmão é homem cabeludo, e eu homem liso;

12 Porventura me apalpará o meu pai, e serei aos seus olhos como enganador; assim trarei eu sobre mim maldição, e não bênção.

13 E disse-lhe sua mãe: Meu filho, sobre mim seja a tua maldição; somente obedece à minha voz, e vai, traze-mos.

14 E foi, e tomou-os, e trouxe-os a sua mãe; e sua mãe fez um guisado saboroso, como seu pai gostava.

15 Depois tomou Rebeca os vestidos de gala de Esaú, seu filho mais velho, que tinha consigo em casa, e vestiu a Jacó, seu filho menor;

16 E com as peles dos cabritos cobriu as suas mãos e a lisura do seu pescoço;

17 E deu o guisado saboroso e o pão que tinha preparado, na mão de Jacó seu filho.

18 E foi ele a seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui; quem és tu, meu filho?

19 E Jacó disse a seu pai: Eu sou Esaú, teu primogênito; tenho feito como me disseste; levanta-te agora, assenta-te e come da minha caça, para que a tua alma me abençoe.

20 Então disse Isaque a seu filho: Como é isto, que tão cedo a achaste, filho meu? E ele disse: Porque o Senhor teu Deus a mandou ao meu encontro.

21 E disse Isaque a Jacó: Chega-te agora, para que te apalpe, meu filho, se és meu filho Esaú mesmo, ou não.

22 Então se chegou Jacó a Isaque seu pai, que o apalpou, e disse: A voz é a voz de Jacó, porém as mãos são as mãos de Esaú.

23 E não o conheceu, porquanto as suas mãos estavam cabeludas, como as mãos de Esaú seu irmão; e abençoou-o.

24 E disse: És tu meu filho Esaú mesmo? E ele disse: Eu sou.

25 Então disse: Faze chegar isso perto de mim, para que coma da caça de meu filho; para que a minha alma te abençoe. E chegou-lhe, e comeu; trouxe-lhe também vinho, e bebeu.

26 E disse-lhe Isaque seu pai: Ora chega-te, e beija-me, filho meu.

27 E chegou-se, e beijou-o; então sentindo o cheiro das suas vestes, abençoou-o, e disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou;

28 Assim, pois, te dê Deus do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto.

29 Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem.

30 E aconteceu que, acabando Isaque de abençoar a Jacó, apenas Jacó acabava de sair da presença de Isaque seu pai, veio Esaú, seu irmão, da sua caça;

31 E fez também ele um guisado saboroso, e trouxe-o a seu pai; e disse a seu pai: Levanta-te, meu pai, e come da caça de teu filho, para que me abençoe a tua alma.

32 E disse-lhe Isaque seu pai: Quem és tu? E ele disse: Eu sou teu filho, o teu primogênito Esaú.

33 Então estremeceu Isaque de um estremecimento muito grande, e disse: Quem, pois, é aquele que apanhou a caça, e ma trouxe? E comi de tudo, antes que tu viesses, e abençoei-o, e ele será bendito.

34 Esaú, ouvindo as palavras de seu pai, bradou com grande e mui amargo brado, e disse a seu pai: Abençoa-me também a mim, meu pai.

35 E ele disse: Veio teu irmão com sutileza, e tomou a tua bênção.

36 Então disse ele: Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já duas vezes me enganou? A minha primogenitura me tomou, e eis que agora me tomou a minha bênção. E perguntou: Não reservaste, pois, para mim nenhuma bênção?

37 Então respondeu Isaque a Esaú dizendo: Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora, meu filho?

38 E disse Esaú a seu pai: Tens uma só bênção, meu pai? Abençoa-me também a mim, meu pai. E levantou Esaú a sua voz, e chorou.

39 Então respondeu Isaque, seu pai, e disse-lhe: Eis que a tua habitação será nas gorduras da terra e no orvalho dos altos céus.

40 E pela tua espada viverás, e ao teu irmão servirás. Acontecerá, porém, que quando te assenhoreares, então sacudirás o seu jugo do teu pescoço.

41 E Esaú odiou a Jacó por causa daquela bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e Esaú disse no seu coração: Chegar-se-ão os dias de luto de meu pai; e matarei a Jacó meu irmão.

42 E foram denunciadas a Rebeca estas palavras de Esaú, seu filho mais velho; e ela mandou chamar a Jacó, seu filho menor, e disse-lhe: Eis que Esaú teu irmão se consola a teu respeito, propondo matar-te.

43 Agora, pois, meu filho, ouve a minha voz, e levanta-te; acolhe-te a Labão meu irmão, em Harã,

44 E mora com ele alguns dias, até que passe o furor de teu irmão;

45 Até que se desvie de ti a ira de teu irmão, e se esqueça do que lhe fizeste; então mandarei trazer-te de lá; por que seria eu desfilhada também de vós ambos num mesmo dia?

46 E disse Rebeca a Isaque: Enfadada estou da minha vida, por causa das filhas de Hete; se Jacó tomar mulher das filhas de Hete, como estas são, das filhas desta terra, para que me servirá a vida?

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